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O Olho de Deus


Postado por Angelim em 27/11/2006


Três mêis faz que cheguei nas minhas Gerais. Eu, meu cavalo Valente, meu cachorro Banjo e minha viola. Vim de vorta retornada mesmo. Passei tempo longe lá no sul e agora acordo de frente pra Mantiqueira. Fiquei tempo sem tê como dá notícia, disso num gostei não. Levei mais tempo que pensava pra aprumá pelos canto de cá e tê condição de ficar presente aparecido novamente.


Por aqui eu já tive na casa do pai, dos irmão, na casa da vó, na casa de grandes amigo, em todo canto. A familhagem já vi de monte e olha que a minha é grande. Gente pra perdê de vista. Sou orgulhoso do meu povo querido e amigo. Simplicidade. Esse é um dos segredos aqui das Gerais. A beleza do simples, que mora por de dentro de cada um daqui. Alma simples é alma livre.


Já comi pão-de-queijo, tão fresquinho que parecia ter sido tirado quiném leite, no pé da vaca. Comi os biscoito de polvilho feito em forno fervente de quente, que gosto tanto. Tomei café coado em coador de pano e preparado as moda antiga, no fogão de lenha. Interessante é que depois de passado um pouco de café, eles vorta um cadinho pra chaleira. Dizem os antigo que é pra limpar o bico. Sabedoria. Imagina se nóis resorve fazê o mesmo com a vida. Passar o novo pra não deixá resto ruim. Sabedoria.


Foi muita coisa boa passada nesses três mêis. Contei muitas lua e vi todas quatro se revezano pra imbelezá, levá recado, refletir os pensamento e esparramá sentimento mundão afora. Quando ocê vê ela no arto pode prestá’tenção. É o próprio olho de Deus. Que meu Pai me abençoe vida afora. Tenho muita terra pra semeá ainda. Tenho minha flor pra colher.


Té!

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